18/02/2013

ESQUIZOFRENIA e o conceito popular de loucura

A esquizofrenia é um transtorno mental psicótico que etimologicamente significa "mente fendida ou dividida": a pessoa  portadora do transtorno se divide entre o mundo real e um mundo delirante particular. O conceito popular  (e pré-conceituoso)de loucura é baseado na sintomatologia do paciente esquizofrenico.

Seus sintomas principais são: sonorização do pensamento, audição de vozes em forma de diálogo com o paciente e que influenciam suas decisões; vivência de influência corporal; roubo do pensamento; percepção delirante de suas tendências e vontades; alucinações; perplexidade, distimias eufóricas e depressivas; vivência de empobrecimento da vida afetiva. 

Existem quatro divisões básicas em seu diagnóstico: 

Esquizofrenia Simples: aparece com maior frequência na puberdade. Denota-se um empobrecimento da vida afetiva e certa apática que afeta a produtividade do indíviduo, principalmente nos estudos. Pouco a pouco torna-se cada vez mais indiferente, apático e isolado.

Esquizofrenia Hebefrênica: Surge entre 15 e 25 anos de idade. Denota-se uma alteração do curso e conteúdo do pensamento. O estado de ânimo é instável, com repentinas e constantes mudanças de humor, indo da tristeza, para a euforia ou a cólera com rapidez.

Esquizofrenia Catatônica: Alternância entre períodos de inibição e de excitação, sobressaindo os sintomas catatônicos. Demonstram uma imobilidade absoluta e não reagem a nenhum estímulo exterior. Não falam, não andam. Podem apresentar comportamentos repetitivos e esteriotipados.

Esquizofrenia Paranóide: neste subtipo denota-se a predominância de delírios e alucinações. É um estado rico em manifestações psicopatológicas e portanto muito sofrido para o indivíduo que  inseguro e agitado, percebe-se sempre a mercê de diversas formas de influências, tais como vozes de comando, cheiros persistentes, choques elétricos ou dores, sensação de insetos pelo seu corpo.  Mergulhando em seu mundo delirante e paranóide, o doente se afasta cada vez mais da realidade.

A esquizofrenia é um transtorno incurável. Tempos atrás a única atitude possível para segurança do paciente e familiares era a hospitalização em manicômios. Atualmente o tratamento psiquiátrico consiste no uso de medicamentos que podem evitar as incidências das crises, melhorando a qualidade de vida do paciente, permitindo-o trabalhar, estudar e manter um convívio social. 
Para melhores resultados do tratamento é fundamental que o sujeito participe de outras atividades terapêuticas, como psicoterapia de grupo, terapia ocupacional e arteterapias.
É importante que também a família do paciente participe de grupos de apoio e orientação  psicológicos, para que tenham melhor compreensão da doença.

PÂNICO

PÂNICO, ANGÚSTIA: estado que se caracteriza pelo sentimento de um perigo ameaçador ou expectativa de uma catástrofe imaginária, que ocasiona sofrimento físico e psíquico.

Crises fortes de angústia ou ansiedade acarretam profundo sofrimento na pessoa. Os sintomas de "ansiedade patológica" são: palpitações, sudorese, plenitude gástrica permanente, obstipação, crises diarréicas, dormência localizada, cansaço fácil, fadiga visual, embaçamento da vista e zumbidos.

A personalidade dos indivíduos que apresentam crises de ansiedade tem como traços presentes: a instabilidade emocional, preocupações excessivas e mais ou menos infundadas, insegurança e tendências pessimistas.

Nestes casos, é essencial uma avaliação médica global, para descartar a hipótese inicial de doenças físicas. O tratamento é realizado com a prescrição de ansiolíticos pelo médico psiquiatra e com psicoterapia.