TDAH: que sigla é essa ?

   "...quando os astronautas foram a lua,

que coicidência, eu também estava lá,

fugindo de casa, do barulho e da rua,

pra recompor meu mundo, bem devagar..."

Biquini Cavadão

    A sigla TDAH é utilizada para designar o Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade.

Mas o que vem a ser e como se caracteriza ?

    A mente de alguém que apresenta o TDAH produz um comportamento  específico que pode ser o responsável tanto pelos sucessos quanto pelas dificuldades na vida desta pessoa. Costuma se manifestar e ser diagnosticado na infância – em grande parte na idade escolar – e pode permanecer até a idade adulta em cerca de 70% dos casos.

    É muito importante esclarecer que o TDAH não é uma doença e  sua presença, em hipótese alguma, deve ser encarada desta forma.

    As características mais evidentes são:

• Alteração da Atenção: Tendência a dispersão e dificuldade em concentrar-se em assuntos e tarefas diários. A pessoa sofre com atividades obrigatórias de longa duração. Porém, pode mostrar-se hiperconcentrado numa tarefa de seu agrado.

• Impulsividade: Reação antecipada ou apressada aos primeiros estímulos - externos ou internos - de determinada situação; responde rapidamente a provocações, críticas e frustrações.

• Hiperatividade: Inquieto e ansioso o TDAH sacode pés e mãos, mexe nos cabelos, rabisca e roe unhas.
  Em alguns casos, a hiperatividade pode ser mental: embora seu corpo esteja quieto, sua mente "viaja" por vários temas e ideias. Daí vem seu grande potencial criativo.

      A presença do TDAH e suas peculiaridades comportamentais pode afetar os relacionamentos interpessoais e desencadear sentimentos de inadequação, rejeição, estresse e baixa autoestima.

      Neste quadro, cabe a psicologia: realizar o psicodiagnóstico para confirmar (ou não) a presença do transtorno; encaminhar ao serviço médico (se e quando necessário), orientar familiares e profissionais da educação sobre como agir com deparar-se com a criança TDAH.

      Por fim, a psicoterapia é fundamental para que a pessoa  – seja criança ou adulto - compreenda e aceite suas características comportamentais, desenvolva suas potencialidades e trilhe seu caminho em busca de uma vida plena e feliz.