26/03/2013

O professor: Quem é ?*

"Ele não se identifica com a gente. Parece até que nos odeia. Ele até nos disse que só dava aula porque precisava de dinheiro." Maura, 15 anos


 "Afinal quem é este indíviduo odiado, temido e criticado que tem em suas mãos a responsabilidade de formar as gerações mais jovens para viverem ? 

Quem é este indivíduo, na maior parte das vezes, mal preparado para exercer função tão relevante, humilhado e degradado muitas e muitas vezes pela múltiplas situações escolares desumanas e insolúveis,  sempre angustiado e atormetado, diante de uma infância e de uma juventude para quem seus valores já não significam tanto ou nada ?"

 
A falta de qualidade nos cursos de formação pedagógica, os baixso salários e as más condições de trabalho tornam-se um desafio praquele que escolheu (ou foi escolhido) para desempenhar o magistério. Até bem pouco tempo atrás a função do professor era meramente informativa. Nos dias atuais, ele se vê forçado a acompanhar os progressos incessantes e frequentes da ciência e da tecnologia. Os meios de comunicação ensinam mais e com rapidez, se tornando concorrentes desleais do "saber" do professor. 


"Eu não preciso de psicólogo, quem precisa de psicólogo são os pais e os alunos, eles sim, tem problemas. O professor esta bem, não sei porquê mandaram você aqui."  professora, em Ubatuba/SP


Para acompanhar este crescimento a escola precisa de pessoas que exerçam a ação pedagógica por vocação e escolha. Apenas estes professores podem promover a Escola a agente efetivo de mudanças sócio-culturais, se empenhando e acreditando na própria atualização e aperfeiçoamento, além de acreditar no seu principal cliente: o aluno. Mais do que isso: é preciso escolher ser pessoa e isto significa ser natural, espontâneo livre, acreditar nas possibilidades, não conformar-se com padrões de comportamento profissionais, auto valorizar-se e ser naturalmente receptivo aos seus próprios sentimentos e a suas inúmeras contradições. E isto tem tudo a ver a também buscar melhorias nas condições de trabalhos e questões saláriais, pois o primeiro, não impede o segundo, mas sim,  complementam-se.


O professor é uma pessoa, não a encarnação abstrata do qual o saber passa de geração a geração. Os próprios alunos apontam o professor mais influente, mais simpático e mais respeitável pelas suas qualidades humanas, aquele que é " firme e justo, de grande autoridade pessoal, além de confiante, amável, simples, alegre, compreensivo, divertido, amigo, sensível, vivaz e comunicativo." é podem ter certeza, este professor, também gostaria de ter espaço de trabalho mais amplo...


*  trechos retirados do livro: Psicologia Educacional de Marlene Rodrigues

25/03/2013

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22/03/2013

Criatividade e aprendizagem

"Quando eu posso criar alguma coisa, fazer ou pensar, discutir e criticar, sinto-me viva. Sim! É isso aí: sinto-me viva. Então fica fácil apreciar melhor o professor, os colegas, a escola, o conhecimento em geral."
Regina, 16 anos

"Misterioso e naturalmente transformador, o espírito criativo tem suas raízes imersar no fundo do inconsciente e se processualiza no exterior, independentemente de circunstâncias favoráveis.
Do poder criador só há uma dupla certeza: a de que é ilimitado na Espécie Humana e a de que, apesar dos mecanismos sociais que intentam a conformização das pessoas, ainda assim o espírito criador persiste vitorioso. Como tudo o que é humano, a criatividade também é um processo. Ela existe potencialmente em todos aspessoas e para se desenvolver, não prescinde do meio ambiente, muito embora possa sobrepor-se a qualquer contexto, seja ele estimulando ou empobrecedor."

" A criatividade é uma qualidade da vida; uma capacidade humana especial de ver, sentir, ouvir e perceber o que os outros não são capazes de fazer. Criatividade ocnsiste em ir além daquilo que, no momento, parecemos conhecer ou sentir."*

A criatividade acontece de forma diferente para cada um e deve-se respeitar o processo criativo da criança, mesmo que o resultado não seja o esperado ou desejado por pais ou professores. Em rabiscos e desenhos com formas pouco definidas existem uma infinidade de simbologias e interpretações, que mesmo numa análise profunda é dificil atingir toda a amplitude deste universo imaginativo.

Em casa estímule seu filho a desenhar, recortar e pintar. Deixe em fácil acesso para a criança uma caixa com papéis diversos, lápis coloridos, pincéis. Pinte junto com ele e não se preocupe com combinação de cores, formas, contornos claros e bem definidos. No final, pais e filhos juntos limpam e organizam o material pra próxima sessão criativa.  Guarde ou enquadre estas produções infantis, mostrando a valorização e aceitação "daquilo que a criança produz". Na escola, pode-se valorizar que a criança ( ou jovem, pois não há idade para o processo criativo acontecer) crie desenhos e painéis, produções teatrais ou musicais de todos os temas escolares: português, matemática, ciências! Bons resultados serão alcançados, com certeza!
  

21/03/2013

Indisciplina Infantil

Problemas de indisciplina infantil devem ser tratados em casa, através do exercício contínuo da autoridade dos pais. Notem que falei em autoridade e não autoritarismo, palavras de origem próxima, mas de conceitos adversos.

Autoritarismo é o excesso de regras e normas, nem sempre coerentes com a situação, onde quem tem o poder de decisão oprime o mais fraco.

Autoridade é a colocação de regras e normas num ambiente que promova rotina e segurança aos filhos, mostrando que os adultos decidem, pois são (ou deveriam ser) mais experientes e maduros em relação as demandas da vida.

Em casos assim, não cabe ao psicólogo ser "disciplinador ou controlador" do comportamento inadequado da criança: seu papel é orientar os pais para que exerçam seu papel de autoridade familiar, com a segurança de que o "NÃO" é fundamental na educação dos nosso filhos...

19/03/2013

Adolescência e a imagem ideal

Você acaba de comprar um tênis pro seu filho e ele já não cabe mais? Ele tem oscilações de humor frequentes e sem motivos ? Reage de forma exagerada a algum assunto  corriqueiro?Chora sem motivo aparente e se tranca no quarto por horas ? Dorme demais ?

 Estes comportamentos só mostram que seu filho esta entrando na adolescência, a fase de desenvolvimento bio-psico-social mais conturbada, pois há mudanças grandes em um curto período de tempo."Na adolescência há ritmos diferente de crescimento para as diferentes partes do corpo. Mãos e pés crescem rapidamente, atingindo, já na adolescência inicial, o tamanho adulto. O cerébro, os olhos, o nariz e as orelhas também atingem quase a totalidade adulta e, aos 15 anos em média, a cabeça tem quase dimensões adultas, enquanto o tronco é curto e os braços e as pernas crescem em ritmo acelerado. Este diferente ritmo de crescimento para várias partes do corpo, tornam o jovem uma figura um tanto deselegante (ou desengonçada mesmo) apresentando dificuldades de coordenação motora." Pequenos acidentes e tombos são comuns nesta fase, e o esteriótipo de desastrado e distraído são comuns.

Também o sistema nervoso passa por um período de acentuada evolução, sobretudo neuro-vegetativa. Predominam as funções simpáticas intimamente ligadas as oscilações de humor e extrema emotividade do adolescente. Esta  rapidez e profusão de alterações físicas tendem a afetar a auto estima e imagem corporal do adolescente, nem sempre de forma positiva. Num corpo diferente daquele que estava acostumado na infância, ele não reconhece a si mesmo e nem sempre identifca seu novo corpo como "bonito". A necessidade de auto-afirmação é urgente e angustiante e nem sempre o jovem consegue entender que as alterações da adolescência são universais, passageiras e necessárias para a definição do EU-ADULTO que irá surgir.

A paciência e o papel dos pais e da escola é fundamental para minimizar o impacto na auto-estima do adolescente. Em psicoterapia o adolescente tem ainda a oportunidade de expor  e trabalhar esse turbilhão de sentimentos e emoções vínculados a esta fase, fortalecendo sua auto imagem e auto estima, essenciais para os desafios e empreendimentos da vida adulta.


01/03/2013

É MODA ?


Apresentar um transtorno mental esta na moda ????
Em conversas do dia-a-dia é comum ouvir expressões do tipo: "hoje estou tão deprimida" ou "como eu sou bipolar" ou "têm situações que me fazem ter ataques de pânico". O uso corriqueiro destas terminologias  biomédicas banalizam os diagnósticos reais e confundem o senso comum. Se você tem sentimentos ou comportamentos que incomodam a si mesma, que afetam o seu relacionamento pessoal ou seu trabalho, que tal marcar um consulta com um especialista ?
Talvez você esteja depressiva e precise de tratamento...ou você pode descobrir que esta triste e desmotivada por algum motivo concreto; que sua "pseudo bipolaridade" nada mais é do uma certa sensibilidade á aborrecimentos ou alegrias do seu dia e que seus ataques de pânico são a ansiedade frente aos desafios diários.
Somente o especialista na área pode te ajudar a diferenciar variações normais de suas atitudes das variações patológicas que precisam e devem ser tratadas, muitas vezes com tratamentos associados como medicamentos e psicoterapias...